O documento dá ênfase ao modelo na atribuição de lotes para construção de habitações aos grupos de baixo rendimento para facilitar a geração de receitas municipais.
A autoconstrução dirigida continua a ser um dos principais foco do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, com vista o aumento da oferta habitacional para os cidadãos angolanos.
De acordo com o secretário de Estado do Urbanismo e Habitação, Adérito Mohamed, o processo de disponibilização de terrenos urbanizados para que cada cidadão construa a sua casa permitirá os beneficiários obterem lotes com infra-estruturas mínimas que facilitam a constituição da segurança jurídica dos imóveis.
Em declarações no local no quadro da apresentação do “Estudo diagnóstico da urbanização em Angola”, feita recentemente, o dirigente reiterou que o Governo angolano vai continuar a apostar na criação de condições para disponibilização de terrenos infra-estruturados às populações que almejam realizar o sonho da casa própria.
Sob o lema “Cidades de Angola: Agarrar a oportunidade”, a apresentação pública do diagnóstico urbanístico angolano é uma iniciativa do Banco Mundial, com objectivo de se compreender o papel da urbanização como motor de crescimento inclusivo e resiliente.
A análise do Banco Mundial visa também apoiar a agenda de reformas do Governo de Angola na identificação e avanço de intervenções prioritárias no sector urbano que promovam um modelo de crescimento mais diversificado.
Segundo o estudo desta instituição financeira internacional, Angola está entre os países mais urbanizados da África subsaariana e a população urbana continua a crescer, ou seja, aproximadamente 67% dos angolanos (mais de 21 milhões de pessoas) vivem em áreas urbanas.