A apresentação realizada pela Arq. Fátima Camara, directora do Gabinete de Estudos, Investigação e Estratégia Urbana, da EGTI, deixou claro o conceito apresentado para o crescimento integrado das centralidades em função do desenvolvimento do portal aéreo de 15 milhões de passageiros por ano, bem como, o novo Porto de Dande. Mais se referiu a importância de Luanda enquanto porta de entrada – “gateway” – para a SADC e África Subsariana. A operacionalização destes “hubs” criará em Luanda um contínuo urbano a Sudoeste que se apelidou de AEROPOLIS (cidade com dependência financeira do aeroporto). Estes investimentos estatais estimulam o desenvolvimento, a valorização dos terrenos infra-estruturados no mercado e criam oportunidades de investimento estrangeiro nestas zonas.
As questões relacionadas com a necessidade de transporte público urbano, a descentralização de serviços, e captação de investimento para os terrenos infraestruturados tornaram-se centrais no diálogo por serem desafios à concretização desta visão de Luanda. Embora os desafios ainda sejam muitos percebe-se o elevado investimento em infraestruturas existentes no terreno – novo aeroporto internacional, via expresso e habitações unifamiliares. Reforçou-se que o modelo comercial da EGTI está aberto a investidores com provas dadas no mercado e que estejam dispostos a custear a concessão do direito fundiário e promover negócios viáveis e criadores de emprego. Aprofundou-se o interesse de uma parceria para futuros projectos de captação de investidores e a partilha do estudo que estes arquitectos desenvolverão em Harvard.
Do encontro sublinha-se as seguintes afirmações “Ficamos muito satisfeitos e até surpreendidos com a realidade que encontramos. O facto é que a BBC, CNN, entre outros, noticiam fracassos que não verificamos no terreno.” Ou ainda: “O trabalho desenvolvido com as centralidades é muito interessante e vai ter mais frutos no seu devido tempo.”
Este encontro deixou claros indicadores positivos à gestão urbana e modelos comerciais de terrenos infra-estruturados desenvolvidos pela EGTI, que conta com uma jovem equipa de técnicos angolanos nos seus quadros.